terça-feira, 29 de junho de 2010
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO (continuação)
=========================================
.... Fiz o curso de sargentos Milicianos na Escola de Aplicação Militar em Nova Lisboa, e por ter sido o segundo classifiacado do curso foi-me permitido escolher
a unidade onde ficaria colocado até à partida para uma zona operacional. Escolhi o Regimento de Infantaria 21 em Nova Lisboa por duas razões: a 1ª porque estaria sempre mais perto de Benguela, e a segunda porque o Regimento tinha uma companhia
de caçadores destacada em Beguela e seria apenas uma questão de de mais ou menos tempo a minha colocação nessa companhia. Logo que fui promovido a furriel miliciano
fui para Benguela, onde permaneci um ano e pouco.Regressei depois a Nova Lisboa para integrar a Companhia de Caçadores 1206 que fora destacada para o Tari (Dembos) a cerca de 30 Kms de Nambuangongo.
O quartel da Companhia no Tari, dada a sua situação priveligiada, abrangia uma área bastante vasta, permitino um patrulhamento relativcamente fácil e seguro, e uma movimentação segura fora do arame farpado. Existiam 5 torres de vigia, estacas de protecção, abrigos escavados no interior com ninhos para metralhadoras, e apenas uma entrada.Tinhamos dois geradores para electricidade um depósito para água potável,enfermaria, secretaria,caserna para os soldados e habitações para oficiais e sãrgentos, uma especie de oficina auto e como não podia deixar de ser uma cantina.
Na região, como aliás, em toda a mata dos DEMBOS (sector D),a actividade de guerilha nunca se de fazer sentir com alguma intensidade, com ataques a povoados, colocação de engenhos explosivos, quer nas estradas, quer nas picadas, o que obviamente causava risco de vida e stress permanente.
Foi portanto neste cenário que me preparei para viver pelo menos dois anos.
(continua)
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.... Fiz o curso de sargentos Milicianos na Escola de Aplicação Militar em Nova Lisboa, e por ter sido o segundo classifiacado do curso foi-me permitido escolher
a unidade onde ficaria colocado até à partida para uma zona operacional. Escolhi o Regimento de Infantaria 21 em Nova Lisboa por duas razões: a 1ª porque estaria sempre mais perto de Benguela, e a segunda porque o Regimento tinha uma companhia
de caçadores destacada em Beguela e seria apenas uma questão de de mais ou menos tempo a minha colocação nessa companhia. Logo que fui promovido a furriel miliciano
fui para Benguela, onde permaneci um ano e pouco.Regressei depois a Nova Lisboa para integrar a Companhia de Caçadores 1206 que fora destacada para o Tari (Dembos) a cerca de 30 Kms de Nambuangongo.
O quartel da Companhia no Tari, dada a sua situação priveligiada, abrangia uma área bastante vasta, permitino um patrulhamento relativcamente fácil e seguro, e uma movimentação segura fora do arame farpado. Existiam 5 torres de vigia, estacas de protecção, abrigos escavados no interior com ninhos para metralhadoras, e apenas uma entrada.Tinhamos dois geradores para electricidade um depósito para água potável,enfermaria, secretaria,caserna para os soldados e habitações para oficiais e sãrgentos, uma especie de oficina auto e como não podia deixar de ser uma cantina.
Na região, como aliás, em toda a mata dos DEMBOS (sector D),a actividade de guerilha nunca se de fazer sentir com alguma intensidade, com ataques a povoados, colocação de engenhos explosivos, quer nas estradas, quer nas picadas, o que obviamente causava risco de vida e stress permanente.
Foi portanto neste cenário que me preparei para viver pelo menos dois anos.
(continua)
domingo, 27 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
continuação
EM BENGUELA
.... Fomos morar para uma moradia na rua estado da Ìndia, próxima da praia Morena e cinema Monumental.Era para aí que eu e o meu irmão íamos todas as manhãs para desfrutarmos do mar e da praia, coisa que não tinhamos em Sá da Bandeira. As tardes eram passadas em longas caminadas pela cidade com o intuito de a irmos conhecendo.Recordo que uma das primeiras coisas que me surprenedeu nesta cidade foi a enorme quantidade de "Solex" que existiam e quue uma grande maioria das pessoas usavam como transporte. Aos poucos fui descobrindo as belezas naturais daquela terra e do espirito bairrista das suas gentes.
Tal como disse anteriormente a minha vida de repente mudou radicalmente tão inesperada e surpreendente.E porquê? Exactamente porque a partir de uma dada altura
apaixonei-me perdidamente pela minha vizinha da frente a Anabela Westood.Na altura não sabia que estava noiva e casaria em breve. Foi uma história muito complicada repleta de coisas más e boas até que por fim se compuseram O que é facto e certo é que perdi por completo a vontade de continuar a estudar e só me interessava estar perto dela. Acabamos por casar ainda antes de ir cumprir o serviço militar.
O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO ...
... Fui um dos milhares que para o serviço militar foi empurrado, e digo empurrado porque a isso fui obrigado, sem escapatória, numa altura e fase, em que procurava dar uma rumo definitivo à minha vida.Cortaram as pernas aos meus sonhos e à minha juventude. Que fiz de errado? Nada. Simplesmente a isso fui obrigado pela estupidez e prepotância do sistema vigente, que se baseava no conceito de que a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa daquilo que era considerado território nacional e ainda no conceito de Nação pluricontinental e multirracial.
Hoje tal como eu, os protagonistas desse tempo estamos na casa dos 60/70 anos. Cumprimos o serviço Militar que nos impuseram, fizemos a guerra que nunca quisemos, morreram milhares, sepultados hoje em dia no silêncio e na vergonha.O nosso mal foi combater e morer, foi obedecer, foi dizer sim a uma data de poltrões que só sabiam
"sacudir a água do capote". O que fizeram por nós? Nada. O que demos nós? Tudo.
Resta-nos apenas recordar, mas nõe desapareceram as memórias nem as sequelas que perturbam com maior ou menor gravidade o que vivemos na guerra.Não somos coitadinhos apenas queremos justiça.
....... continua .......
EM BENGUELA
.... Fomos morar para uma moradia na rua estado da Ìndia, próxima da praia Morena e cinema Monumental.Era para aí que eu e o meu irmão íamos todas as manhãs para desfrutarmos do mar e da praia, coisa que não tinhamos em Sá da Bandeira. As tardes eram passadas em longas caminadas pela cidade com o intuito de a irmos conhecendo.Recordo que uma das primeiras coisas que me surprenedeu nesta cidade foi a enorme quantidade de "Solex" que existiam e quue uma grande maioria das pessoas usavam como transporte. Aos poucos fui descobrindo as belezas naturais daquela terra e do espirito bairrista das suas gentes.
Tal como disse anteriormente a minha vida de repente mudou radicalmente tão inesperada e surpreendente.E porquê? Exactamente porque a partir de uma dada altura
apaixonei-me perdidamente pela minha vizinha da frente a Anabela Westood.Na altura não sabia que estava noiva e casaria em breve. Foi uma história muito complicada repleta de coisas más e boas até que por fim se compuseram O que é facto e certo é que perdi por completo a vontade de continuar a estudar e só me interessava estar perto dela. Acabamos por casar ainda antes de ir cumprir o serviço militar.
O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO ...
... Fui um dos milhares que para o serviço militar foi empurrado, e digo empurrado porque a isso fui obrigado, sem escapatória, numa altura e fase, em que procurava dar uma rumo definitivo à minha vida.Cortaram as pernas aos meus sonhos e à minha juventude. Que fiz de errado? Nada. Simplesmente a isso fui obrigado pela estupidez e prepotância do sistema vigente, que se baseava no conceito de que a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa daquilo que era considerado território nacional e ainda no conceito de Nação pluricontinental e multirracial.
Hoje tal como eu, os protagonistas desse tempo estamos na casa dos 60/70 anos. Cumprimos o serviço Militar que nos impuseram, fizemos a guerra que nunca quisemos, morreram milhares, sepultados hoje em dia no silêncio e na vergonha.O nosso mal foi combater e morer, foi obedecer, foi dizer sim a uma data de poltrões que só sabiam
"sacudir a água do capote". O que fizeram por nós? Nada. O que demos nós? Tudo.
Resta-nos apenas recordar, mas nõe desapareceram as memórias nem as sequelas que perturbam com maior ou menor gravidade o que vivemos na guerra.Não somos coitadinhos apenas queremos justiça.
....... continua .......
terça-feira, 22 de junho de 2010
MEMÓRIAS
A MUDANÇA DE SÁ DA BANDEIRA PARA BEGUELA
..... Terminado o exame do 7º ano liceal (1962)quis o destino levar-me para outras paragens, para uma outra cidade,para onde o meu pai, por força da sua vida profissional, fora colocado.
Recordo que no dia em que partimos para Benguela, estava um dia chuvoso e frio.O tempo associou-se assim à minha dor, e á minha saudade. A viagem de autocarro numa
estrada de terra batida foi bastante demorada e cansativa,mas não esmoreceu o entusiasmo e a expectativa que sentíamos.Confesso qua partida de Sá da Bandeira, foi-me extremamente dolorosa e envolta numa amálgama de sentimentos difíceis de descrever. Para trás ficava a terra onde nascera e crescera, onde tinha despertado para a adolescência, onde começara a ser homem, mas a dor maior era a imensa saudade que ia sentindo dos amigos e do meu querido liceu. Mas à medida que os contrafortes da serra da Chela iam desaparecendo e os quilómetro eram "engolidos" pelo autocaro,foi crescendo um certo entusiasmo, ou melhor uma enorme expectativa por ir enfrentar um novo desafio de vivência, numa cidade que pouco conhecia, com gente que me era totalmente estranha, cujos hábitos e costumes desconhecia em absoluto.
Com apenas dezanove anos, talvez não estivesse totalmente preparado para ter e percepção do que implicaria uma mudança tão radical, mas recordo que na altura pensei que seria interessante,já que seria também uma experiência importante para a aquuisição de novos conhecimentos humanos e históricos. Tinha a consciência que não seria fácil de início, mas que no futuro talves se tornasse interessante, e que nada seria como dantes. Foi nesta mistura de sentimentos que cheguei a Benguela, mal percebendo que desse dia em diante a minha vida iria ter uma revirevolta tão inesperada, como surpreendente.Preparei-me para o novo desafio, embora soubesse que a minha permanência em Benguela não deveria ser prolongada, pois tencionava continuar os meus estudos em Portugal na Academia Militar. Dequalquer forma enquanto lá estivesse teria que necessáriamente estar receptivo a aceitar novos amigos e conhecimentos.
..... continua ......
..... Terminado o exame do 7º ano liceal (1962)quis o destino levar-me para outras paragens, para uma outra cidade,para onde o meu pai, por força da sua vida profissional, fora colocado.
Recordo que no dia em que partimos para Benguela, estava um dia chuvoso e frio.O tempo associou-se assim à minha dor, e á minha saudade. A viagem de autocarro numa
estrada de terra batida foi bastante demorada e cansativa,mas não esmoreceu o entusiasmo e a expectativa que sentíamos.Confesso qua partida de Sá da Bandeira, foi-me extremamente dolorosa e envolta numa amálgama de sentimentos difíceis de descrever. Para trás ficava a terra onde nascera e crescera, onde tinha despertado para a adolescência, onde começara a ser homem, mas a dor maior era a imensa saudade que ia sentindo dos amigos e do meu querido liceu. Mas à medida que os contrafortes da serra da Chela iam desaparecendo e os quilómetro eram "engolidos" pelo autocaro,foi crescendo um certo entusiasmo, ou melhor uma enorme expectativa por ir enfrentar um novo desafio de vivência, numa cidade que pouco conhecia, com gente que me era totalmente estranha, cujos hábitos e costumes desconhecia em absoluto.
Com apenas dezanove anos, talvez não estivesse totalmente preparado para ter e percepção do que implicaria uma mudança tão radical, mas recordo que na altura pensei que seria interessante,já que seria também uma experiência importante para a aquuisição de novos conhecimentos humanos e históricos. Tinha a consciência que não seria fácil de início, mas que no futuro talves se tornasse interessante, e que nada seria como dantes. Foi nesta mistura de sentimentos que cheguei a Benguela, mal percebendo que desse dia em diante a minha vida iria ter uma revirevolta tão inesperada, como surpreendente.Preparei-me para o novo desafio, embora soubesse que a minha permanência em Benguela não deveria ser prolongada, pois tencionava continuar os meus estudos em Portugal na Academia Militar. Dequalquer forma enquanto lá estivesse teria que necessáriamente estar receptivo a aceitar novos amigos e conhecimentos.
..... continua ......
segunda-feira, 21 de junho de 2010
MEMÓRIAS
AS MINHAS MEMÓRIAS (continuação)
... O que é MACONGE. O reino de Mconge é um reino ideal, de lenda,de sonho e faantasia,de fraternidade, sem limites territoriais, e que se estende a todas as regiões e locais onde se encontre um macongino, alicerçado numa vivência estudantil
mas continuada além Liceu, na fraternidade que nos une, a qual perdura na actualidade
mesmo longe da sua origem, neste Portugal Ultramarino, e se perp+étuará de certo nos seus descendentes.
As praxes académicas estão associadas aos Maconginos, um grupo relativamente grande de antigos alunos do Liceu Nacional Diogo Cão, que se congregaram há mais de setenta anos, numa associação académica especial, com continuidade temporal até aos dias de hoje e que se chamou REINO DE MACONGE. O seu primeiro rei foi Dom Caio Júlio César
da SilveiraIV, estudante daquele liceu aclamado em 1939.Após o seu falecimento sucedeu-lhe Dom Mário Saraiva de Oliveira.Por proposta sua deteminou, que o trono
seria a partir de então ocupado para sempre por um Vice-Rei. Dom Mário foi o primeiro vic-rei, e foi nos seus ombros que recaiu a missão de prolongar o reino de
Maconge para o espaço Europeu. E assim depois da independência dos territórios portugueses em Àfrica, renasce em Portugal o reino de Maconge porque implantado físicamente com a nossa presença neste País. De resto continua a não ter fronteiras, a lenda, fantasia, e amizade, mantendo o mesmo espirito e a meesma alma Universal.
... O que é MACONGE. O reino de Mconge é um reino ideal, de lenda,de sonho e faantasia,de fraternidade, sem limites territoriais, e que se estende a todas as regiões e locais onde se encontre um macongino, alicerçado numa vivência estudantil
mas continuada além Liceu, na fraternidade que nos une, a qual perdura na actualidade
mesmo longe da sua origem, neste Portugal Ultramarino, e se perp+étuará de certo nos seus descendentes.
As praxes académicas estão associadas aos Maconginos, um grupo relativamente grande de antigos alunos do Liceu Nacional Diogo Cão, que se congregaram há mais de setenta anos, numa associação académica especial, com continuidade temporal até aos dias de hoje e que se chamou REINO DE MACONGE. O seu primeiro rei foi Dom Caio Júlio César
da SilveiraIV, estudante daquele liceu aclamado em 1939.Após o seu falecimento sucedeu-lhe Dom Mário Saraiva de Oliveira.Por proposta sua deteminou, que o trono
seria a partir de então ocupado para sempre por um Vice-Rei. Dom Mário foi o primeiro vic-rei, e foi nos seus ombros que recaiu a missão de prolongar o reino de
Maconge para o espaço Europeu. E assim depois da independência dos territórios portugueses em Àfrica, renasce em Portugal o reino de Maconge porque implantado físicamente com a nossa presença neste País. De resto continua a não ter fronteiras, a lenda, fantasia, e amizade, mantendo o mesmo espirito e a meesma alma Universal.
domingo, 20 de junho de 2010
LUBANGO
.... Tudo começou quando uma saudade insistente de lugares, de pessoas e momentos vividos guardados na minha memória, que não me abandona e muitas vezes, deixa-me melancólico, mas que também trazia alegrias que gosto de reviver.
Sinto uma grande tristeza e uma saudade imensa dos amigos da juventude, pois eles ainda contuinuam a ser os personagens das minhas histórias, e dos que não estão mais
entre nós, mas que deixaram um grande vazio, que nunca mais será preeenchido.
A saudade não tem cor, mas pode ter cheiro:Não a posso ver nem tão pouco tocá-la, mas sei que é grande.Esta saudade poder ser uma ausência suave, ou outro tipo de solidão.Pode ainda ser a recordação de muitos momentos, pode ser a recordação daquele momento, daquela pessoa,que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ouso querer ver. Esta saudade é o registo fiel do passado, e a prova incontestável de tudo o que vivi e que ficou impresso na minha alma. Sei que ao confessar esta saudade, estou na verdade a vangloriar-me, de pelo menos uma vez na vida, ter conhecido pessoas e viver situações, que foram boas e que serão eternas, e nutri-las é, alimentar o espírito e a própria existência.
Reviver o passado significa usar os sentidos interiores para experimentar novamente,esse momento, como se fosse hoje.
Fica bem na memória tudo o que começa por ser um grande desejo. LUBANGO.
No meu tempo chama-se Sá da Bandeira. Cidade do planalto da Huíla, rodeada de montanhas protectoras e paralosadoras, com o seu encanto e recato, as ruas de grandes vivendas com jardins sempre floridos e canteiros limpos.Cidade ordeira, rodeada de paisagens encantadoras, de gente pacata e hospitaleira, cidade onde nasceu o Liceu Diogo Cão com as suas praxes académicas, das quais me orgulho de pertencer.
Aceita cá de longe o suspiro da mais viva saudade, que te envia este teu filho desterrado. Foi em ti que passei a Primavera da minha vida, que tão depressa se esvaece,que mal se sente. A malfadada sorte afugentou-me de ti, mas cá de longe,ouço os teus gemidos, que fazem o meu coração estalar de dor.
Como me lembro dos amigos de então, os folguedos inocentes, dos sítios da primeiras impressões, dos dias com as suas lindas manhãs com que a vista se recreava. Dias ditosos que se evaporaram, para não mais voltar, e aue só deixam saudades.Tudo se esvaneceu e apenas resta a esperança, fiel amiga e companheira que sinto dentro da alma.
Hoje a tarde está cinzenta, chuvosa e fria, uma verdadeira tarde de Invernno rigoroso.Traz consigo um ar triste e exala um cheiro doce de saudade. Saudade que me envolve, que faz com que me enrodilhe no cadeirão, perdido nos meus pensamentos, nas minhas lembranças.O livro fica esquecido sobre a mesa lateral, a música suave, que me enntra pelos ouvidos, aloja-se na alma.E a ausência faz-se presença, enquanto a tarde caminha lentamente rumo ao anoitecer. MACONGE.
====== CONTINUA ======
Sinto uma grande tristeza e uma saudade imensa dos amigos da juventude, pois eles ainda contuinuam a ser os personagens das minhas histórias, e dos que não estão mais
entre nós, mas que deixaram um grande vazio, que nunca mais será preeenchido.
A saudade não tem cor, mas pode ter cheiro:Não a posso ver nem tão pouco tocá-la, mas sei que é grande.Esta saudade poder ser uma ausência suave, ou outro tipo de solidão.Pode ainda ser a recordação de muitos momentos, pode ser a recordação daquele momento, daquela pessoa,que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ouso querer ver. Esta saudade é o registo fiel do passado, e a prova incontestável de tudo o que vivi e que ficou impresso na minha alma. Sei que ao confessar esta saudade, estou na verdade a vangloriar-me, de pelo menos uma vez na vida, ter conhecido pessoas e viver situações, que foram boas e que serão eternas, e nutri-las é, alimentar o espírito e a própria existência.
Reviver o passado significa usar os sentidos interiores para experimentar novamente,esse momento, como se fosse hoje.
Fica bem na memória tudo o que começa por ser um grande desejo. LUBANGO.
No meu tempo chama-se Sá da Bandeira. Cidade do planalto da Huíla, rodeada de montanhas protectoras e paralosadoras, com o seu encanto e recato, as ruas de grandes vivendas com jardins sempre floridos e canteiros limpos.Cidade ordeira, rodeada de paisagens encantadoras, de gente pacata e hospitaleira, cidade onde nasceu o Liceu Diogo Cão com as suas praxes académicas, das quais me orgulho de pertencer.
Aceita cá de longe o suspiro da mais viva saudade, que te envia este teu filho desterrado. Foi em ti que passei a Primavera da minha vida, que tão depressa se esvaece,que mal se sente. A malfadada sorte afugentou-me de ti, mas cá de longe,ouço os teus gemidos, que fazem o meu coração estalar de dor.
Como me lembro dos amigos de então, os folguedos inocentes, dos sítios da primeiras impressões, dos dias com as suas lindas manhãs com que a vista se recreava. Dias ditosos que se evaporaram, para não mais voltar, e aue só deixam saudades.Tudo se esvaneceu e apenas resta a esperança, fiel amiga e companheira que sinto dentro da alma.
Hoje a tarde está cinzenta, chuvosa e fria, uma verdadeira tarde de Invernno rigoroso.Traz consigo um ar triste e exala um cheiro doce de saudade. Saudade que me envolve, que faz com que me enrodilhe no cadeirão, perdido nos meus pensamentos, nas minhas lembranças.O livro fica esquecido sobre a mesa lateral, a música suave, que me enntra pelos ouvidos, aloja-se na alma.E a ausência faz-se presença, enquanto a tarde caminha lentamente rumo ao anoitecer. MACONGE.
====== CONTINUA ======
SETENTAANOS
.... Não se pode dizer que os 60/70 anos, seja uma idade má, senão quando a encaramos
com muito e inadequados sentimentos. È uma idade calma, pois a partida está quase jogada. E pondo-nos de lado, começamos a recordar com certa animação, o homem hábil que soubemos ser. Tenho observado que,por delicada atenção da providência, muitas pessoas começam nesta idade a ter de si próprios, uma concepção bastante romanesca.
Até mesmo as decepções sofridas, revestem então um aspecto agradável. E se é certo que as esperanças, com os seus mágicos e apaixonantes contornos, constituam para os jovens, atraente companhia, nada mais são, no fim de contas, de formas nuas e vãs.As vestes mágicas são apenas, felizmente, propriedade do imutável passado que, sem elas, ficariam como uma pobre coisa, agitando-se sob um montão de sombras.
É provávelmente o romanesco desta idade que me leva a descrever a minha aventura pela vida, para satisfação própria, ou para, quiçá,encantamento dos meus descendentes.
Ao fazê-lo não me moveu cobiça alguma, porque esta aventura foi a MINHA VIDA.
com muito e inadequados sentimentos. È uma idade calma, pois a partida está quase jogada. E pondo-nos de lado, começamos a recordar com certa animação, o homem hábil que soubemos ser. Tenho observado que,por delicada atenção da providência, muitas pessoas começam nesta idade a ter de si próprios, uma concepção bastante romanesca.
Até mesmo as decepções sofridas, revestem então um aspecto agradável. E se é certo que as esperanças, com os seus mágicos e apaixonantes contornos, constituam para os jovens, atraente companhia, nada mais são, no fim de contas, de formas nuas e vãs.As vestes mágicas são apenas, felizmente, propriedade do imutável passado que, sem elas, ficariam como uma pobre coisa, agitando-se sob um montão de sombras.
É provávelmente o romanesco desta idade que me leva a descrever a minha aventura pela vida, para satisfação própria, ou para, quiçá,encantamento dos meus descendentes.
Ao fazê-lo não me moveu cobiça alguma, porque esta aventura foi a MINHA VIDA.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
AS MINHAS MEMORIAS (CONTINUAÇÃO) OS MEUS PAIS
....... Minha MÃE, uma mulher de raro valor. Por mais que o tempo passe, e as estações se movam, ela será sempre uma das minhas estrelas, a mais linda e radiante.
O amor que sinto é tão grande, a sua presença é tão forte, que é difícil descrever.
Guardo dela o seu geito de cantar, o seu sorriso, a sua bondade, e o grande amor e devoção à celula familiar. Mãe é o nome de Deus que vive nos lábios de todas as crianças, e nenhuma língua ´+e capazde expressar e beleza e a força de uma mãe.
Juntos os meus pais lutaram e fizeram de nós, pesoas que souberam ao longo dos anos, construir e constituir famílias de caracter, pessoas com amor no coração.
Peço-vos perdão por nunca ter tido a coragem para olhar bem os vossos rostos, os vossos olhos, e poucas vezes ter dito, o quanto Vos amei e amo.Apesar de ter hoje essa consciência, peço que me perdoem por todos os momentos de ausência, e pelos momentos em que me omiti, deixando que os vossos problemas fossem só vossos. Hoje sei, que os meus, nunca foram só meus, e pergunto como fui capaz de ser tão egoísta?
Quero também pedir perdão pela distância que em dada altura, deixei entre vocês eos netos, e por não te-los feito mais netos, que o amor de vocês pedia e merecia.
Ao recordar o meu pai, que enfrentou grandes dificuldades na vida, sempre confiante da sua força e querer, sinto um enorme orgulho, que reconheço me faz sentir, muito bem.Ao recordar a minha mãe, choro pelo colo que sempre me ofereceu para confortar
as minhas dores, mas que algumas vezes optrei, estupidamente, por desperdiçar, pelos cantos das paredes da vida.
Oeço-vos que me perdoem mais uma vez,por não ter aprendido antes a pedir desculpas, e por não ter demosntrado cabalmente o quanto bvos amava, vos amo e amarei e que este amor amadureceu, não com a idade, mas com a consciência. Prometo-vos que não vou deixar quee todas as lições que nos transmitiram se percam na mes-
quinhez dos comentários de gente frustrada, que parece não ter muito do que se or-
gulhar, mas apenas desejam impor os seus valores equivocados, a quem os cerca. Não vou deixar que a incapacidade de alguém em reflectir e colocar-se no lugar do outro,
antes de fazer um julgamento, tire a alegria que conservo de duras penas.Prometo-vos e garanto-vos que os vossos netos, conservarão também os vossos ensinamentos e os
transmitirão aos vondouros.
Agradeço a Deus por ter sido vosso filho, e por me ter dado os pais que tive.
....... Minha MÃE, uma mulher de raro valor. Por mais que o tempo passe, e as estações se movam, ela será sempre uma das minhas estrelas, a mais linda e radiante.
O amor que sinto é tão grande, a sua presença é tão forte, que é difícil descrever.
Guardo dela o seu geito de cantar, o seu sorriso, a sua bondade, e o grande amor e devoção à celula familiar. Mãe é o nome de Deus que vive nos lábios de todas as crianças, e nenhuma língua ´+e capazde expressar e beleza e a força de uma mãe.
Juntos os meus pais lutaram e fizeram de nós, pesoas que souberam ao longo dos anos, construir e constituir famílias de caracter, pessoas com amor no coração.
Peço-vos perdão por nunca ter tido a coragem para olhar bem os vossos rostos, os vossos olhos, e poucas vezes ter dito, o quanto Vos amei e amo.Apesar de ter hoje essa consciência, peço que me perdoem por todos os momentos de ausência, e pelos momentos em que me omiti, deixando que os vossos problemas fossem só vossos. Hoje sei, que os meus, nunca foram só meus, e pergunto como fui capaz de ser tão egoísta?
Quero também pedir perdão pela distância que em dada altura, deixei entre vocês eos netos, e por não te-los feito mais netos, que o amor de vocês pedia e merecia.
Ao recordar o meu pai, que enfrentou grandes dificuldades na vida, sempre confiante da sua força e querer, sinto um enorme orgulho, que reconheço me faz sentir, muito bem.Ao recordar a minha mãe, choro pelo colo que sempre me ofereceu para confortar
as minhas dores, mas que algumas vezes optrei, estupidamente, por desperdiçar, pelos cantos das paredes da vida.
Oeço-vos que me perdoem mais uma vez,por não ter aprendido antes a pedir desculpas, e por não ter demosntrado cabalmente o quanto bvos amava, vos amo e amarei e que este amor amadureceu, não com a idade, mas com a consciência. Prometo-vos que não vou deixar quee todas as lições que nos transmitiram se percam na mes-
quinhez dos comentários de gente frustrada, que parece não ter muito do que se or-
gulhar, mas apenas desejam impor os seus valores equivocados, a quem os cerca. Não vou deixar que a incapacidade de alguém em reflectir e colocar-se no lugar do outro,
antes de fazer um julgamento, tire a alegria que conservo de duras penas.Prometo-vos e garanto-vos que os vossos netos, conservarão também os vossos ensinamentos e os
transmitirão aos vondouros.
Agradeço a Deus por ter sido vosso filho, e por me ter dado os pais que tive.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
AS MINHAS MEMÓRIAS (CONTINUAÇÃO)
==== A VELHICE ====
........ A sociedade actual por ser consumista, oferece poucas ou nenhumas oportunidades ao idoso para exercitar e activar a lembrança. O ciclo acelerado de produção e consumo, exige a destruição e o desaparecimento do que foi produzido no passado e a criação permenente de novas formas de produção e consumo, e portanto o material humano, só interessa quando produz.Os velhos difícilmente conseguem fazer valer os seus direitos e muitas vezes incapaz de suprir as suas necessidades representa portanto uma carga. Por isso os velhos por sua virtude ou abjecção, situam-se fora da humanidade, logo a sociedade pode portanto,sem escrúpulos, recusar
o minimo julgado necessário para levarem uma vida decente.
Viver bem com a sua própria idade e envelhecer tirando proveito do processo degenerativo do nosso corpo, não é um processo nada fácil. Porém, julgo que
o que faz uma pessoa saudável ou não, é a capacidade do seu organismo responder às
necessidades diárias, independentemente da idade social ou cronológica.
Envelhecer, por muito interessante que possa parecer,que significa mais naturidade, mais sabedoria, mais experiência, exige que aumentemos a nossa concen-
traçãoem outras coisas, tais como alimentação, o sono, a agilidade física.
Na velhice cada minuto das nossas vidas, tem que ser uma oportunidade de melhoria
contínua, sempre na procura de estímulos e mecanismos para melhorar a convivência
na sociedade, na família e com os amigos.
Escrevi sobrte a velhice sem tudo dela saber, mas sei que a velhice pode ser linda,
enquanto houver um poucio de ternura, compreensão e amor para oferecer.Vale a pena
viover, por ser pedaços de nós que ficam nas conversas e pedacinhos do coração do outro,que vão caminhando para dentro de cda um de nós. È hora de reflectir entre o presente onde está o nosso dever, o passado onde estão as nossas recordações, e o futuro onde depositamos as nossas esperanças
OS MEUS QUERIDOS PAIS.´
..........Não sei como começar, nem que palavras devo escrever, mas vou começar assim: jà previa que seria muito difícil escrever sobre os meus pais, por recear pecar por excesso e por defeito.VFárias vezes tentei escrever um texto, omde coubesse pelo menos uma pequena parte do que sinto, mas nunca consegui.Agora que tento escrever, paro várias vezes, porque os vejo à minha frente, sorrio e falo, mas
calo-me só para ver o sorriso deles, e emudeço diante de tanta coisa indiscritível e incomensurável.
Tenho imenso orgulho deles, e uma gratidão ainda maior.A maneira como nos criaram e
educaram, livrando-nos das dores e sacrfícios, é algo pura e simplesmente indiscri-
tível.Foram sábios, generosos, bondosos e os nossos melhores amigos.Gratidão por nos
terem dado a oprtunidade de crescer sem rancor, mágoa ou ódio.
O meu pai, um HOMEM E TANTO. Ao longo dos anos enfrentou com galhardia todas as
barreiras que a vida lhe colocou, barreiras essas que deixaram marcas na sua luta, e que por vezes o dobraram, todavia sem nunca o terem derrubado.A sua vida primou pela verdade, justiça, igualdade, amor e sobretudo pela PALAVRA. (recordo emocionado,
quando nos dizia que a palavra era o bem mais precioso que o homem tinha e que era
atraves dela que se conquistava o respeito)Na sua calvice os parcos cabelos brancos,
foram sem dúvida o reflexo do homem, com uma vida agitada, batalhada a cada instante, mas que apesar das dificuldades em toda a sua vida,só criou amigos.
Deixou-nos precocemente e não teve oportunidade de ver crescer a pessoa que mais
amou na vida:o seu primeiro neto. ......... (continua)
==== A VELHICE ====
........ A sociedade actual por ser consumista, oferece poucas ou nenhumas oportunidades ao idoso para exercitar e activar a lembrança. O ciclo acelerado de produção e consumo, exige a destruição e o desaparecimento do que foi produzido no passado e a criação permenente de novas formas de produção e consumo, e portanto o material humano, só interessa quando produz.Os velhos difícilmente conseguem fazer valer os seus direitos e muitas vezes incapaz de suprir as suas necessidades representa portanto uma carga. Por isso os velhos por sua virtude ou abjecção, situam-se fora da humanidade, logo a sociedade pode portanto,sem escrúpulos, recusar
o minimo julgado necessário para levarem uma vida decente.
Viver bem com a sua própria idade e envelhecer tirando proveito do processo degenerativo do nosso corpo, não é um processo nada fácil. Porém, julgo que
o que faz uma pessoa saudável ou não, é a capacidade do seu organismo responder às
necessidades diárias, independentemente da idade social ou cronológica.
Envelhecer, por muito interessante que possa parecer,que significa mais naturidade, mais sabedoria, mais experiência, exige que aumentemos a nossa concen-
traçãoem outras coisas, tais como alimentação, o sono, a agilidade física.
Na velhice cada minuto das nossas vidas, tem que ser uma oportunidade de melhoria
contínua, sempre na procura de estímulos e mecanismos para melhorar a convivência
na sociedade, na família e com os amigos.
Escrevi sobrte a velhice sem tudo dela saber, mas sei que a velhice pode ser linda,
enquanto houver um poucio de ternura, compreensão e amor para oferecer.Vale a pena
viover, por ser pedaços de nós que ficam nas conversas e pedacinhos do coração do outro,que vão caminhando para dentro de cda um de nós. È hora de reflectir entre o presente onde está o nosso dever, o passado onde estão as nossas recordações, e o futuro onde depositamos as nossas esperanças
OS MEUS QUERIDOS PAIS.´
..........Não sei como começar, nem que palavras devo escrever, mas vou começar assim: jà previa que seria muito difícil escrever sobre os meus pais, por recear pecar por excesso e por defeito.VFárias vezes tentei escrever um texto, omde coubesse pelo menos uma pequena parte do que sinto, mas nunca consegui.Agora que tento escrever, paro várias vezes, porque os vejo à minha frente, sorrio e falo, mas
calo-me só para ver o sorriso deles, e emudeço diante de tanta coisa indiscritível e incomensurável.
Tenho imenso orgulho deles, e uma gratidão ainda maior.A maneira como nos criaram e
educaram, livrando-nos das dores e sacrfícios, é algo pura e simplesmente indiscri-
tível.Foram sábios, generosos, bondosos e os nossos melhores amigos.Gratidão por nos
terem dado a oprtunidade de crescer sem rancor, mágoa ou ódio.
O meu pai, um HOMEM E TANTO. Ao longo dos anos enfrentou com galhardia todas as
barreiras que a vida lhe colocou, barreiras essas que deixaram marcas na sua luta, e que por vezes o dobraram, todavia sem nunca o terem derrubado.A sua vida primou pela verdade, justiça, igualdade, amor e sobretudo pela PALAVRA. (recordo emocionado,
quando nos dizia que a palavra era o bem mais precioso que o homem tinha e que era
atraves dela que se conquistava o respeito)Na sua calvice os parcos cabelos brancos,
foram sem dúvida o reflexo do homem, com uma vida agitada, batalhada a cada instante, mas que apesar das dificuldades em toda a sua vida,só criou amigos.
Deixou-nos precocemente e não teve oportunidade de ver crescer a pessoa que mais
amou na vida:o seu primeiro neto. ......... (continua)
AS MINHAS MEMÓRIAS - CONTINUAÇÃO
....... Todos pensam que são os"tais", uns modelos, e ainda mais, pois querem e desejam e até exigem que os outros pensem e actuem da mesma maneira.Encontrar tudo certo, tudo direitinho, penso que jamais será encontrado, já que há sempre uum senão
na vida dos seres que precisa e deve ser contornado e quando existe apenas o "quero
porque quero" , "é assim que tem de ser", "eu cá sou assim", tudo isso muito comum,
torna a vida intolerável.È preciso que aceitemos os nossos semelhantes, como eles são,cada um na sua posição, cada um no seu caminho. Sejamos pois,para bem viver tole-
rantes, pois a tolerância é fruto da paciência e da serenidade.Tolerar é dar uma se-
gunda oportunidade,é a capacidade de perdoar os erros dos outros, é possibilitar que
ser humano tenha direito a errar, e com o tempo vencer os seus erros. Tolerar é par-
ticipar continuamnete do processo de aceitação e compreensão das diferenças e não condescvender ou aceitar deliberadamente erros, violações de direitos, ou infracções
imorais de atitude.
A finalizar esta parte direi, que não sei se a vida é longa ou curta demais
para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das
pessoas. Para isso, muitas vezes basra ser, o braço que envolve, a palavra que conforta, o silêncio que se respeita, a lágrima que corre, o olhar que acaricia.Isto
não é nada do outro mundo, mas apenas o que dá sentido à vida, fazendo com que ela não seja curta, nem longa demais, mas que seja verdadeira, intensa e tanto quanto
possível pura.
AS MINHAS MEMÓRIAS (CONTINUAÇÃO)
==== A VELHICE ====
....... Tenho reflectido muito sobre a velhice, e entendo que este processo que estou
a viver, deve ser um processo contínuo de crescimento intlectual, emocional e psicológico. Deve ser igualmente, o momento em que, ao fazer-se uma retrospectiva do
que já se viveu, permita alegria pelo que foi conseguido, reconhecer o que podia ter
sido feito e não foi, reconhecer o bem, o mal, osfracasdsos, os erros e ficar-se com
a certeza que esse tempo, não tem mais retorno.
È com a chegada da velhice que se caracteriza um declínio gradual do funcionamento de
todo o nosso sistema corporal e espiritual,não obstante algumas pessoas muito idosas
possuirem ainda uma importante capacidade física e psíquica. A Velhice será portanto
um acumular de perdas.Como lidar com isto quando temos consciência de que em muitos
casos, infelizmente, nos tornamos um fardo para a sociedade? Perde-se amigos, conhecidos, colegas e familiares, pois tem de haver uma aceitação das regras que nos
são impostas, sobrevive-secom a necessidade constante de medicamentos, com a falta de carinho e compreensão. È nesta altura que se começa a elaborar a ideia da morte, e aceitá-la, porque quem não o fizer, ou se sente frustado com o curso que a sua
vida tomou, ou se sente invadido pelo desespero de perceber que o tempo é já muito breve para começar seja o que for. Portanto há que saber que envelhecer é um apren-
der contínuo,é aceitar as novas limitações que esta condição traz, mas deve ser
sobretudo aprender a lidar com o vazio, aprender a lidar e a desfrutar dos momentos livres, para buscar momentos de prazer e satisfação, é aceitar que outro tipo de vida recomeça e viver intensamente cada segundo.
Envelhecer é também o momento em que a pessoa se reconcilia com os seus fracassos, erros e defeitos, aceitando-se a si mesmo, e viver esta última etapa da vida desfru-
tando os prazeres que esta lhe possa proporcionar.Socialmente, penso que socialmente a função da velhice é de lembrar e dar expressão às suas lembranças, sendo o pael da memória valorizado entre os mais velhos, pois as suas lembranças constituem um património colectivo e revivido permanentemente no contacto com as novas gerações
....... Todos pensam que são os"tais", uns modelos, e ainda mais, pois querem e desejam e até exigem que os outros pensem e actuem da mesma maneira.Encontrar tudo certo, tudo direitinho, penso que jamais será encontrado, já que há sempre uum senão
na vida dos seres que precisa e deve ser contornado e quando existe apenas o "quero
porque quero" , "é assim que tem de ser", "eu cá sou assim", tudo isso muito comum,
torna a vida intolerável.È preciso que aceitemos os nossos semelhantes, como eles são,cada um na sua posição, cada um no seu caminho. Sejamos pois,para bem viver tole-
rantes, pois a tolerância é fruto da paciência e da serenidade.Tolerar é dar uma se-
gunda oportunidade,é a capacidade de perdoar os erros dos outros, é possibilitar que
ser humano tenha direito a errar, e com o tempo vencer os seus erros. Tolerar é par-
ticipar continuamnete do processo de aceitação e compreensão das diferenças e não condescvender ou aceitar deliberadamente erros, violações de direitos, ou infracções
imorais de atitude.
A finalizar esta parte direi, que não sei se a vida é longa ou curta demais
para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das
pessoas. Para isso, muitas vezes basra ser, o braço que envolve, a palavra que conforta, o silêncio que se respeita, a lágrima que corre, o olhar que acaricia.Isto
não é nada do outro mundo, mas apenas o que dá sentido à vida, fazendo com que ela não seja curta, nem longa demais, mas que seja verdadeira, intensa e tanto quanto
possível pura.
AS MINHAS MEMÓRIAS (CONTINUAÇÃO)
==== A VELHICE ====
....... Tenho reflectido muito sobre a velhice, e entendo que este processo que estou
a viver, deve ser um processo contínuo de crescimento intlectual, emocional e psicológico. Deve ser igualmente, o momento em que, ao fazer-se uma retrospectiva do
que já se viveu, permita alegria pelo que foi conseguido, reconhecer o que podia ter
sido feito e não foi, reconhecer o bem, o mal, osfracasdsos, os erros e ficar-se com
a certeza que esse tempo, não tem mais retorno.
È com a chegada da velhice que se caracteriza um declínio gradual do funcionamento de
todo o nosso sistema corporal e espiritual,não obstante algumas pessoas muito idosas
possuirem ainda uma importante capacidade física e psíquica. A Velhice será portanto
um acumular de perdas.Como lidar com isto quando temos consciência de que em muitos
casos, infelizmente, nos tornamos um fardo para a sociedade? Perde-se amigos, conhecidos, colegas e familiares, pois tem de haver uma aceitação das regras que nos
são impostas, sobrevive-secom a necessidade constante de medicamentos, com a falta de carinho e compreensão. È nesta altura que se começa a elaborar a ideia da morte, e aceitá-la, porque quem não o fizer, ou se sente frustado com o curso que a sua
vida tomou, ou se sente invadido pelo desespero de perceber que o tempo é já muito breve para começar seja o que for. Portanto há que saber que envelhecer é um apren-
der contínuo,é aceitar as novas limitações que esta condição traz, mas deve ser
sobretudo aprender a lidar com o vazio, aprender a lidar e a desfrutar dos momentos livres, para buscar momentos de prazer e satisfação, é aceitar que outro tipo de vida recomeça e viver intensamente cada segundo.
Envelhecer é também o momento em que a pessoa se reconcilia com os seus fracassos, erros e defeitos, aceitando-se a si mesmo, e viver esta última etapa da vida desfru-
tando os prazeres que esta lhe possa proporcionar.Socialmente, penso que socialmente a função da velhice é de lembrar e dar expressão às suas lembranças, sendo o pael da memória valorizado entre os mais velhos, pois as suas lembranças constituem um património colectivo e revivido permanentemente no contacto com as novas gerações
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
AS MINHAS MEMÓRIAS - CONTINUAÇÃO
...... Gostaria de deixar aqui algumas considerações sobre a forma como irei aboradar
alguns assuntos, que a memória me foi trazendo. Naturalmente a minha primeira preocupação foi necessáriamente a de não pretender ferir ou magoar quem quer que
seja.Depois, porque a veracidade dos factos que serão relatados, são uma confissão
expontânea, e não são de maneira alguma forçados e acusativos.isto é, não procuro
por em "cheque" factos passados, apenas como atenuante de faltas cometidas em prejuízo de outrem.Os defeitos e as faltas cometidas em conhecimento mútuo, ficam sempre acalentados na esperança, de nunca virem à luz da razão, a não ser que uma das partes esteja a ser indevidamente julgado, mas não é isso que também desejo pois
o que lá vai... lá vai. O ser humano é um animal egoísta e vaidoso e esse egoismo e vaidade, podem ser tão desmedidos, que podem exigir retraimentos e sacrfícios dos
outros.Mas o egoísmo e a vaidade são forças fracas, pois nada valem perante a verdade
e a consciência.Podem pretender resistir, mascararem-se de falsas couraças, bradar pela justiça, mas sucumbem sempre perante a acusação da sua propria consciência.
As palavras podem ser armas que nos magoam, mas as atitudes, essas fuzilam-nos
sem perdão, e o suícidio é instantâneo e até inconsciente porque se perde a noção do
certo e do errado, em prol do inebriante sentimento de conforto e satisfação merecidos. O único sentido passa a ser o nosso, os outros passam para plano secundá-
rio, onde nada importa ou vale.Torna-se mais fàcil esquecer sob a manta da incapacidade, do medo,e da falta de coragem, e joga-se com o que mais importante se constrói: sentimentos, lealdade, verdade. As palavras ferem, mas ditas com humildade e verdade, são acertadas e dignas, ainda que transportem um conteúdo lacinante, nas
acabam por ser leves no final, simplesmente porque contêm a verdade.
Da mesma fora que escolhemos as nossas actividades do dia a dia, escolhemos
também as nossas atitudes, sonhos, humor, objectivos,,medos e angústias,amigos e ini-
migos, felicidade,tristeza, prazer e dor, que afinal são escolhas ou resultado delas, e se por acaso não gostarmos das nossas escolhas, podemos sempre mudar,pois a escolha continua a ser sempre nossa.Não é fácil aceitar que o nosso destino está nas nossas mãos e intimamente ligado às nossas escolhas.Há muitas pessoas que embora
possuidoras do poder de escolha, deixam que outras as façam por eles, delegando assim o poder que têm, tornando-se coadjuvantes da própria vida.O que fizermos da nossa vida é inteiramente da nossa responsabilidade e não deve esxistir lugar para
culpar quem quer que seja, pois repito ,a escolha é sempre nossa.Podemos escolher
o nosso destino através de acções concretas e caminhar firmemente em direcção a ele
com avanços e recuos, ou continuar a acreditar que le está escrito e nada mais resta para fazer senão sofer.Podemos amaldiçoar a nossa sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a vida nos está a dar.Podemos deixar que o medo paralise os nossos planos, ou partir para a acção, com o pouco que se têm e muita vontade de vencer.Podemos amar e deixarmo-nos amar incondiciuonalmente, ou lamentarmo-nos pela falta de gente à nossa volta.Podemos olhar com ternura e respeito para nós próprios, e para as outras pessoas de igual modo, ou olhar com censura que pune e fere sem nenhuma consideração e respeito, para com os desejos, limites ou dificuldades de cada um. Podemos ser felizes com a vida tal como ela é, ou passar o tempo a lamentarmo-nos por aquilo que ela não é.Podemos mentir a nós próprios, procurando desculpas e culpados para as nossas insatisfações, ou encarar a
verdade de que no final, somos sempre nós que decidimos o tipo de vida que queremos
levar. Viver todos vivem, mas como viver é que é importante.
Não há perfeições na terra, pois todos temos os nossos defeitos, mas porque
será que só procuramos ver os defeitos e os erros dos outros? A maior parte das vezes
a vaidade e a pretensão é que concorrem para esses desajustes. (continua)
...... Gostaria de deixar aqui algumas considerações sobre a forma como irei aboradar
alguns assuntos, que a memória me foi trazendo. Naturalmente a minha primeira preocupação foi necessáriamente a de não pretender ferir ou magoar quem quer que
seja.Depois, porque a veracidade dos factos que serão relatados, são uma confissão
expontânea, e não são de maneira alguma forçados e acusativos.isto é, não procuro
por em "cheque" factos passados, apenas como atenuante de faltas cometidas em prejuízo de outrem.Os defeitos e as faltas cometidas em conhecimento mútuo, ficam sempre acalentados na esperança, de nunca virem à luz da razão, a não ser que uma das partes esteja a ser indevidamente julgado, mas não é isso que também desejo pois
o que lá vai... lá vai. O ser humano é um animal egoísta e vaidoso e esse egoismo e vaidade, podem ser tão desmedidos, que podem exigir retraimentos e sacrfícios dos
outros.Mas o egoísmo e a vaidade são forças fracas, pois nada valem perante a verdade
e a consciência.Podem pretender resistir, mascararem-se de falsas couraças, bradar pela justiça, mas sucumbem sempre perante a acusação da sua propria consciência.
As palavras podem ser armas que nos magoam, mas as atitudes, essas fuzilam-nos
sem perdão, e o suícidio é instantâneo e até inconsciente porque se perde a noção do
certo e do errado, em prol do inebriante sentimento de conforto e satisfação merecidos. O único sentido passa a ser o nosso, os outros passam para plano secundá-
rio, onde nada importa ou vale.Torna-se mais fàcil esquecer sob a manta da incapacidade, do medo,e da falta de coragem, e joga-se com o que mais importante se constrói: sentimentos, lealdade, verdade. As palavras ferem, mas ditas com humildade e verdade, são acertadas e dignas, ainda que transportem um conteúdo lacinante, nas
acabam por ser leves no final, simplesmente porque contêm a verdade.
Da mesma fora que escolhemos as nossas actividades do dia a dia, escolhemos
também as nossas atitudes, sonhos, humor, objectivos,,medos e angústias,amigos e ini-
migos, felicidade,tristeza, prazer e dor, que afinal são escolhas ou resultado delas, e se por acaso não gostarmos das nossas escolhas, podemos sempre mudar,pois a escolha continua a ser sempre nossa.Não é fácil aceitar que o nosso destino está nas nossas mãos e intimamente ligado às nossas escolhas.Há muitas pessoas que embora
possuidoras do poder de escolha, deixam que outras as façam por eles, delegando assim o poder que têm, tornando-se coadjuvantes da própria vida.O que fizermos da nossa vida é inteiramente da nossa responsabilidade e não deve esxistir lugar para
culpar quem quer que seja, pois repito ,a escolha é sempre nossa.Podemos escolher
o nosso destino através de acções concretas e caminhar firmemente em direcção a ele
com avanços e recuos, ou continuar a acreditar que le está escrito e nada mais resta para fazer senão sofer.Podemos amaldiçoar a nossa sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a vida nos está a dar.Podemos deixar que o medo paralise os nossos planos, ou partir para a acção, com o pouco que se têm e muita vontade de vencer.Podemos amar e deixarmo-nos amar incondiciuonalmente, ou lamentarmo-nos pela falta de gente à nossa volta.Podemos olhar com ternura e respeito para nós próprios, e para as outras pessoas de igual modo, ou olhar com censura que pune e fere sem nenhuma consideração e respeito, para com os desejos, limites ou dificuldades de cada um. Podemos ser felizes com a vida tal como ela é, ou passar o tempo a lamentarmo-nos por aquilo que ela não é.Podemos mentir a nós próprios, procurando desculpas e culpados para as nossas insatisfações, ou encarar a
verdade de que no final, somos sempre nós que decidimos o tipo de vida que queremos
levar. Viver todos vivem, mas como viver é que é importante.
Não há perfeições na terra, pois todos temos os nossos defeitos, mas porque
será que só procuramos ver os defeitos e os erros dos outros? A maior parte das vezes
a vaidade e a pretensão é que concorrem para esses desajustes. (continua)
QUEM SOU EU?
........... Que posso dizer: sou de estatura meã, nem gordo nem magro, olhos castanhos, calvo,alegre, simpatico, inteligente e muito modesto. È claro que direi
isto, mas será que esse sou mesmo EU?
Creio que não,talvez eu seja mais que um punhado de adjectivos,talvez
nem tenha essas virtudes, talvez tenha
Somos seres únicos, conscientes,descontentes outras, talvez ´não tenha nenhuma delas.Mas
então quem sou eu afinal? Talvez mais um estranho na multidão, mais uma boca que o
Mundo deve alimentar, mas eu não posso ser apenas isso, pois ninguém é apenas isso.
Somos seres únicos conscientes,, descontentes, carentes e egoístas.Somos nada mais
que eternas criaturas infelizes na busca de identidade, pelo simples facto de acharmos que devemos ser felizes. Esse talvez seja um dos nossos grandes erros.Talvez
o nosso tão divinizado dom de raciocínio, seja o único responsável por essa crise.Mas
é obvio que não podemos pensar e agir assim, pois se o fizermos, não veremos razões
para existir, se pensarmos assim desistiremos de encontrar a resposta a essa pergunta
e desistiremos também da própria vida e portanto respoderei a minha pergunta, tal como comecei: sou de estatura, meã, moreno, nem gordo nem magro, olhos castanhos,calvo, alegre,simpático, inteligente e muito modesto, mas acrescentarei que
não estou na paisagem por estar. Sou apenas um contraponto que reafirma a vida real
dos outros, sou de algum modo útil, e para mim a minha vida é normal. Não tenho pena de mim mesmo, e por isso os outros se sentem tão culpados.
........... Que posso dizer: sou de estatura meã, nem gordo nem magro, olhos castanhos, calvo,alegre, simpatico, inteligente e muito modesto. È claro que direi
isto, mas será que esse sou mesmo EU?
Creio que não,talvez eu seja mais que um punhado de adjectivos,talvez
nem tenha essas virtudes, talvez tenha
Somos seres únicos, conscientes,descontentes outras, talvez ´não tenha nenhuma delas.Mas
então quem sou eu afinal? Talvez mais um estranho na multidão, mais uma boca que o
Mundo deve alimentar, mas eu não posso ser apenas isso, pois ninguém é apenas isso.
Somos seres únicos conscientes,, descontentes, carentes e egoístas.Somos nada mais
que eternas criaturas infelizes na busca de identidade, pelo simples facto de acharmos que devemos ser felizes. Esse talvez seja um dos nossos grandes erros.Talvez
o nosso tão divinizado dom de raciocínio, seja o único responsável por essa crise.Mas
é obvio que não podemos pensar e agir assim, pois se o fizermos, não veremos razões
para existir, se pensarmos assim desistiremos de encontrar a resposta a essa pergunta
e desistiremos também da própria vida e portanto respoderei a minha pergunta, tal como comecei: sou de estatura, meã, moreno, nem gordo nem magro, olhos castanhos,calvo, alegre,simpático, inteligente e muito modesto, mas acrescentarei que
não estou na paisagem por estar. Sou apenas um contraponto que reafirma a vida real
dos outros, sou de algum modo útil, e para mim a minha vida é normal. Não tenho pena de mim mesmo, e por isso os outros se sentem tão culpados.
Ínício
....... Da concepção até à concretização deste trabalho, posso dizer que as dificuldades não foram poucas, pois os desafios foram muitos, e os obstáculos pareciam intransponiveis. Muitas vezes o desânimo quia tomar conta de mim, porém a garra e adeterminação foram mais fortes. Agora ao olhar para trás, está bem presente a sensação do dever cumprido, e constato que o sono algumas vezes perdido, o cansaço, o tempo gasto na procura de recordações, a ansiedade em querer fazer e a angústia de mnuitas vezes não o conseguir, não foram em vão.
Vou tentar levar-vos comigo num percurso de memória, que por tanto me agra-
dar,se tornou recorrente no meu caminhar no tempo.Trata-se de uma angústia permanente do tempo que passa, não pelo receio do abismo, do escuro, do fim, antes pelo que ainda há a realizar numa recta de tempo fugidia. Este sentir está relacio-
nado com o contador do tempo, pois trata-se de uma noção que para além~de um sentir
muito subjectivo, é sempre relativizada à situação real que vivemos em cada momento.
Sinto por vezes um vazio existencial, especialmente após o falecimento do meu
saudosos filho EDUARDO JORGE. Diáriamente agradeço a Deus pela oportunidade de viver, pela família, pelas diversas pessoas que estão e virão a estar na minha vida, pelo lar, pelo alimento, e sobretudo pelo amor de DEUS estar sempre presente nos
nossos dias. Todavia a morte dele originou este vazio, que poor vezes não consigo apagar.Sei que ele está bem, melhor que antes,que não padece de males físicos, sei que está iluiminado e nos ilumina, mas muito sinceramente a sua falta é ainda dolorosa. A dor passado que foi mais de um ano, parece estar um pouco melhor, mas o sentimento de vazio parece aumentar a cada dia que passa.O vazio é muito grande e nada o preenche, o tempo ameniza um pouco, mas a saudade, essa sim é sempre grande.
Saudade é difícil de traduzir, porque nós mesmos lhe atribuimos vários significados,
mas para mim SAUDADE É AMOR QUE FICA. É pois movido por essa eterna e imensa saudade
que a ti meu filho, quero dedicar tudo o que aqui fica escrito, não para aliviar peso de consciência, mas sómente uma pobre e modesta homenagem, a quem merecia e merece muito mais.Depois aos meus outros filhos, o bem terreno mais preciooso que
tenho, oedidndo-vos que me perdoem por ter distinguido o vosso irmão prioritáriamente
mas tal como eu sinto e penso, vocês certamente entenderão e compreenderão, o motivo
porque o fiz.Quero agradecer-vos por tudo aquilo que são e que tenham a plena certeza que o meu coração rejubila de felicidade e alegria a cada vez que me chamam PAI.
Por último quero também agradecer a DEUS, pois sem ele, nada seria possível, e não estaríamos, aqui e agora, tão juntos como neste momento.
O MEU MUITO OBRIGADO.
Vou tentar levar-vos comigo num percurso de memória, que por tanto me agra-
dar,se tornou recorrente no meu caminhar no tempo.Trata-se de uma angústia permanente do tempo que passa, não pelo receio do abismo, do escuro, do fim, antes pelo que ainda há a realizar numa recta de tempo fugidia. Este sentir está relacio-
nado com o contador do tempo, pois trata-se de uma noção que para além~de um sentir
muito subjectivo, é sempre relativizada à situação real que vivemos em cada momento.
Sinto por vezes um vazio existencial, especialmente após o falecimento do meu
saudosos filho EDUARDO JORGE. Diáriamente agradeço a Deus pela oportunidade de viver, pela família, pelas diversas pessoas que estão e virão a estar na minha vida, pelo lar, pelo alimento, e sobretudo pelo amor de DEUS estar sempre presente nos
nossos dias. Todavia a morte dele originou este vazio, que poor vezes não consigo apagar.Sei que ele está bem, melhor que antes,que não padece de males físicos, sei que está iluiminado e nos ilumina, mas muito sinceramente a sua falta é ainda dolorosa. A dor passado que foi mais de um ano, parece estar um pouco melhor, mas o sentimento de vazio parece aumentar a cada dia que passa.O vazio é muito grande e nada o preenche, o tempo ameniza um pouco, mas a saudade, essa sim é sempre grande.
Saudade é difícil de traduzir, porque nós mesmos lhe atribuimos vários significados,
mas para mim SAUDADE É AMOR QUE FICA. É pois movido por essa eterna e imensa saudade
que a ti meu filho, quero dedicar tudo o que aqui fica escrito, não para aliviar peso de consciência, mas sómente uma pobre e modesta homenagem, a quem merecia e merece muito mais.Depois aos meus outros filhos, o bem terreno mais preciooso que
tenho, oedidndo-vos que me perdoem por ter distinguido o vosso irmão prioritáriamente
mas tal como eu sinto e penso, vocês certamente entenderão e compreenderão, o motivo
porque o fiz.Quero agradecer-vos por tudo aquilo que são e que tenham a plena certeza que o meu coração rejubila de felicidade e alegria a cada vez que me chamam PAI.
Por último quero também agradecer a DEUS, pois sem ele, nada seria possível, e não estaríamos, aqui e agora, tão juntos como neste momento.
O MEU MUITO OBRIGADO.
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