segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

AS MINHAS MEMÓRIAS - CONTINUAÇÃO
...... Gostaria de deixar aqui algumas considerações sobre a forma como irei aboradar
alguns assuntos, que a memória me foi trazendo. Naturalmente a minha primeira preocupação foi necessáriamente a de não pretender ferir ou magoar quem quer que
seja.Depois, porque a veracidade dos factos que serão relatados, são uma confissão
expontânea, e não são de maneira alguma forçados e acusativos.isto é, não procuro
por em "cheque" factos passados, apenas como atenuante de faltas cometidas em prejuízo de outrem.Os defeitos e as faltas cometidas em conhecimento mútuo, ficam sempre acalentados na esperança, de nunca virem à luz da razão, a não ser que uma das partes esteja a ser indevidamente julgado, mas não é isso que também desejo pois
o que lá vai... lá vai. O ser humano é um animal egoísta e vaidoso e esse egoismo e vaidade, podem ser tão desmedidos, que podem exigir retraimentos e sacrfícios dos
outros.Mas o egoísmo e a vaidade são forças fracas, pois nada valem perante a verdade
e a consciência.Podem pretender resistir, mascararem-se de falsas couraças, bradar pela justiça, mas sucumbem sempre perante a acusação da sua propria consciência.
As palavras podem ser armas que nos magoam, mas as atitudes, essas fuzilam-nos
sem perdão, e o suícidio é instantâneo e até inconsciente porque se perde a noção do
certo e do errado, em prol do inebriante sentimento de conforto e satisfação merecidos. O único sentido passa a ser o nosso, os outros passam para plano secundá-
rio, onde nada importa ou vale.Torna-se mais fàcil esquecer sob a manta da incapacidade, do medo,e da falta de coragem, e joga-se com o que mais importante se constrói: sentimentos, lealdade, verdade. As palavras ferem, mas ditas com humildade e verdade, são acertadas e dignas, ainda que transportem um conteúdo lacinante, nas
acabam por ser leves no final, simplesmente porque contêm a verdade.
Da mesma fora que escolhemos as nossas actividades do dia a dia, escolhemos
também as nossas atitudes, sonhos, humor, objectivos,,medos e angústias,amigos e ini-
migos, felicidade,tristeza, prazer e dor, que afinal são escolhas ou resultado delas, e se por acaso não gostarmos das nossas escolhas, podemos sempre mudar,pois a escolha continua a ser sempre nossa.Não é fácil aceitar que o nosso destino está nas nossas mãos e intimamente ligado às nossas escolhas.Há muitas pessoas que embora
possuidoras do poder de escolha, deixam que outras as façam por eles, delegando assim o poder que têm, tornando-se coadjuvantes da própria vida.O que fizermos da nossa vida é inteiramente da nossa responsabilidade e não deve esxistir lugar para
culpar quem quer que seja, pois repito ,a escolha é sempre nossa.Podemos escolher
o nosso destino através de acções concretas e caminhar firmemente em direcção a ele
com avanços e recuos, ou continuar a acreditar que le está escrito e nada mais resta para fazer senão sofer.Podemos amaldiçoar a nossa sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a vida nos está a dar.Podemos deixar que o medo paralise os nossos planos, ou partir para a acção, com o pouco que se têm e muita vontade de vencer.Podemos amar e deixarmo-nos amar incondiciuonalmente, ou lamentarmo-nos pela falta de gente à nossa volta.Podemos olhar com ternura e respeito para nós próprios, e para as outras pessoas de igual modo, ou olhar com censura que pune e fere sem nenhuma consideração e respeito, para com os desejos, limites ou dificuldades de cada um. Podemos ser felizes com a vida tal como ela é, ou passar o tempo a lamentarmo-nos por aquilo que ela não é.Podemos mentir a nós próprios, procurando desculpas e culpados para as nossas insatisfações, ou encarar a
verdade de que no final, somos sempre nós que decidimos o tipo de vida que queremos
levar. Viver todos vivem, mas como viver é que é importante.
Não há perfeições na terra, pois todos temos os nossos defeitos, mas porque
será que só procuramos ver os defeitos e os erros dos outros? A maior parte das vezes
a vaidade e a pretensão é que concorrem para esses desajustes. (continua)

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