terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

AS MINHAS MEMÓRIAS (CONTINUAÇÃO)

==== A VELHICE ====
........ A sociedade actual por ser consumista, oferece poucas ou nenhumas oportunidades ao idoso para exercitar e activar a lembrança. O ciclo acelerado de produção e consumo, exige a destruição e o desaparecimento do que foi produzido no passado e a criação permenente de novas formas de produção e consumo, e portanto o material humano, só interessa quando produz.Os velhos difícilmente conseguem fazer valer os seus direitos e muitas vezes incapaz de suprir as suas necessidades representa portanto uma carga. Por isso os velhos por sua virtude ou abjecção, situam-se fora da humanidade, logo a sociedade pode portanto,sem escrúpulos, recusar
o minimo julgado necessário para levarem uma vida decente.
Viver bem com a sua própria idade e envelhecer tirando proveito do processo degenerativo do nosso corpo, não é um processo nada fácil. Porém, julgo que
o que faz uma pessoa saudável ou não, é a capacidade do seu organismo responder às
necessidades diárias, independentemente da idade social ou cronológica.
Envelhecer, por muito interessante que possa parecer,que significa mais naturidade, mais sabedoria, mais experiência, exige que aumentemos a nossa concen-
traçãoem outras coisas, tais como alimentação, o sono, a agilidade física.
Na velhice cada minuto das nossas vidas, tem que ser uma oportunidade de melhoria
contínua, sempre na procura de estímulos e mecanismos para melhorar a convivência
na sociedade, na família e com os amigos.
Escrevi sobrte a velhice sem tudo dela saber, mas sei que a velhice pode ser linda,
enquanto houver um poucio de ternura, compreensão e amor para oferecer.Vale a pena
viover, por ser pedaços de nós que ficam nas conversas e pedacinhos do coração do outro,que vão caminhando para dentro de cda um de nós. È hora de reflectir entre o presente onde está o nosso dever, o passado onde estão as nossas recordações, e o futuro onde depositamos as nossas esperanças

OS MEUS QUERIDOS PAIS.´
..........Não sei como começar, nem que palavras devo escrever, mas vou começar assim: jà previa que seria muito difícil escrever sobre os meus pais, por recear pecar por excesso e por defeito.VFárias vezes tentei escrever um texto, omde coubesse pelo menos uma pequena parte do que sinto, mas nunca consegui.Agora que tento escrever, paro várias vezes, porque os vejo à minha frente, sorrio e falo, mas
calo-me só para ver o sorriso deles, e emudeço diante de tanta coisa indiscritível e incomensurável.
Tenho imenso orgulho deles, e uma gratidão ainda maior.A maneira como nos criaram e
educaram, livrando-nos das dores e sacrfícios, é algo pura e simplesmente indiscri-
tível.Foram sábios, generosos, bondosos e os nossos melhores amigos.Gratidão por nos
terem dado a oprtunidade de crescer sem rancor, mágoa ou ódio.
O meu pai, um HOMEM E TANTO. Ao longo dos anos enfrentou com galhardia todas as
barreiras que a vida lhe colocou, barreiras essas que deixaram marcas na sua luta, e que por vezes o dobraram, todavia sem nunca o terem derrubado.A sua vida primou pela verdade, justiça, igualdade, amor e sobretudo pela PALAVRA. (recordo emocionado,
quando nos dizia que a palavra era o bem mais precioso que o homem tinha e que era
atraves dela que se conquistava o respeito)Na sua calvice os parcos cabelos brancos,
foram sem dúvida o reflexo do homem, com uma vida agitada, batalhada a cada instante, mas que apesar das dificuldades em toda a sua vida,só criou amigos.
Deixou-nos precocemente e não teve oportunidade de ver crescer a pessoa que mais
amou na vida:o seu primeiro neto. ......... (continua)

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