.... Tudo começou quando uma saudade insistente de lugares, de pessoas e momentos vividos guardados na minha memória, que não me abandona e muitas vezes, deixa-me melancólico, mas que também trazia alegrias que gosto de reviver.
Sinto uma grande tristeza e uma saudade imensa dos amigos da juventude, pois eles ainda contuinuam a ser os personagens das minhas histórias, e dos que não estão mais
entre nós, mas que deixaram um grande vazio, que nunca mais será preeenchido.
A saudade não tem cor, mas pode ter cheiro:Não a posso ver nem tão pouco tocá-la, mas sei que é grande.Esta saudade poder ser uma ausência suave, ou outro tipo de solidão.Pode ainda ser a recordação de muitos momentos, pode ser a recordação daquele momento, daquela pessoa,que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ouso querer ver. Esta saudade é o registo fiel do passado, e a prova incontestável de tudo o que vivi e que ficou impresso na minha alma. Sei que ao confessar esta saudade, estou na verdade a vangloriar-me, de pelo menos uma vez na vida, ter conhecido pessoas e viver situações, que foram boas e que serão eternas, e nutri-las é, alimentar o espírito e a própria existência.
Reviver o passado significa usar os sentidos interiores para experimentar novamente,esse momento, como se fosse hoje.
Fica bem na memória tudo o que começa por ser um grande desejo. LUBANGO.
No meu tempo chama-se Sá da Bandeira. Cidade do planalto da Huíla, rodeada de montanhas protectoras e paralosadoras, com o seu encanto e recato, as ruas de grandes vivendas com jardins sempre floridos e canteiros limpos.Cidade ordeira, rodeada de paisagens encantadoras, de gente pacata e hospitaleira, cidade onde nasceu o Liceu Diogo Cão com as suas praxes académicas, das quais me orgulho de pertencer.
Aceita cá de longe o suspiro da mais viva saudade, que te envia este teu filho desterrado. Foi em ti que passei a Primavera da minha vida, que tão depressa se esvaece,que mal se sente. A malfadada sorte afugentou-me de ti, mas cá de longe,ouço os teus gemidos, que fazem o meu coração estalar de dor.
Como me lembro dos amigos de então, os folguedos inocentes, dos sítios da primeiras impressões, dos dias com as suas lindas manhãs com que a vista se recreava. Dias ditosos que se evaporaram, para não mais voltar, e aue só deixam saudades.Tudo se esvaneceu e apenas resta a esperança, fiel amiga e companheira que sinto dentro da alma.
Hoje a tarde está cinzenta, chuvosa e fria, uma verdadeira tarde de Invernno rigoroso.Traz consigo um ar triste e exala um cheiro doce de saudade. Saudade que me envolve, que faz com que me enrodilhe no cadeirão, perdido nos meus pensamentos, nas minhas lembranças.O livro fica esquecido sobre a mesa lateral, a música suave, que me enntra pelos ouvidos, aloja-se na alma.E a ausência faz-se presença, enquanto a tarde caminha lentamente rumo ao anoitecer. MACONGE.
====== CONTINUA ======
domingo, 20 de junho de 2010
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